Vivemos um período desafiante, potencialmente desconfortável para quem não gosta de tomar decisões. É que o atual contexto de incerteza e volatilidade exige a tomada de decisão, quer no contexto pessoal, quer empresarial.
Ao nível pessoal a situação é ambivalente. Do ponto de vista profissional vive-se, de um modo geral, uma fase positiva, propícia sobretudo a decisões sobre aproveitar (ou não) novas oportunidades. A atual taxa de desemprego, de cerca de 6%, espelha o dinamismo do mercado de trabalho, claramente favorável ao trabalhador. Este é, por isso, o momento ideal para mudar ou renegociar condições, se a situação não for a desejada. Do ponto de vista de finanças pessoais, o contexto, menos favorável, pede também ação. O aumento de inflação e de taxas de juro torna inadiáveis decisões de investimento, financiamento e, para muitas famílias, de gestão de despesas correntes.
Devo investir ou desinvestir?
Comprar casa ou arrendar?
Manter empréstimos bancários a taxa variável ou optar por taxa fixa?
Manter os filhos em escola privada ou apostar no (menos dispendioso) ensino público?
Do ponto de vista empresarial, este é também um momento de (grandes e muitas) decisões, quase a todos os níveis. Aumentos significativos dos preços da energia e da quase generalidade das matérias primas, roturas nas cadeias de abastecimento, escassez de recursos (pessoas e bens), disrupção de modelos de negócios e digitalização, são apenas alguns dos desafios que não podem ficar sem resposta.
A que novas fontes de energia e matérias primas podemos recorrer?
Qual a melhor forma de gerir os bloqueios na cadeia de abastecimento?
Como tornar a nossa empresa mais atrativa, assegurando a retenção das nossas melhores pessoas e o recrutamento de bons candidatos? Devemos manter o modelo de negócio atual ou inovar?
Se sim, em que parte do modelo nos devemos focar? E quanto à digitalização, o que fazer?
Não há como fugir, este é um período de tomada de decisão. E no momento de o fazer há tipicamente dois estereótipos, opostos. Por um lado, há aquelas pessoas que decidem rapidamente, com base na intuição e, por outro, os que bloqueiam no momento de decidir, pelo medo das consequências da decisão ou pela simples incapacidade de digerir toda a informação disponível.
Quer seja daquelas pessoas que valoriza a decisão por intuição, quer seja dos que bloqueia ao longo do processo, recomenda-se a leitura de (pelo menos) dois livros.
Blink, de Malcom Gladwel, mostra-nos que intuição mais não é do que um delicioso, mas não muito saudável, cocktail que mistura conhecimento pré-adquirido, com experiências passadas e alguns (por vezes muitos) pre-conceitos. “Think fast and Slow”, de Daniel Kahneman, ajuda-nos a perceber melhor o processo de raciocínio e tomada de decisão, alertando para o risco de uma certa preguiça mental causada pela maior rapidez de resposta do nosso “sistema intuitivo” em comparação com o “sistema racional”, que pode levar a decisões rápidas mas erradas, e mostrando, também, de que forma a pressão para decidir rapidamente e a incerteza no processo de decisão cria, em muitos decisores, fortes bloqueios.
A verdade é que os desafios atuais não se compadecem com decisões leves tomadas com base no mero instinto, nem com a indecisão, que acarreta muitas vezes custos elevados para pessoas e organizações. É necessária a tomada de decisão estruturada, assente numa análise profunda do contexto envolvente, a identificação e avaliação das melhores alternativas e também uma escolha racional de qual a melhor alternativa a seguir.
É exatamente esse o objetivo do curso de Problem Solving and Decision Making da Porto Business School, lançado em 2020 e cuja 6ª edição arranca já em Setembro próximo: dotar os participantes do mindset e das ferramentas necessárias para uma tomada de decisão estruturada. Se gosta, ou não gosta, de tomar decisões este programa é para si!