No ranking global de competitividade do IMD World Competitiveness Center, divulgado esta terça-feira, Portugal desceu 6 posições e regressa aos resultados de 2016 e 2017. O IMD pediu ainda a mais de 6.000 pessoas em todo o mundo que indicassem os fatores que tornam as economias atrativas. No caso de Portugal, os principais indicadores são o nível de qualificação da mão-de-obra, o custo de oportunidade e a estabilidade das infraestruturas, de acordo com os dados recolhidos pela Porto Business School e fornecidos ao IMD.
Portugal está em 39º lugar, de um total de 63 países, no ranking de competitividade do IMD World Competitiveness Center, divulgado mundialmente esta terça-feira, 28 de maio, e que contou com a parceria exclusiva da Porto Business School, a Escola de Negócios da Universidade do Porto, na recolha e tratamento dos dados relativos ao nosso país. O pódio das economias mais competitivas é liderado por Singapura, que trocou de posição com os Estados Unidos (tendo estes descido para o 3º lugar). Hong Kong manteve-se estável na 2ª posição.
O ranking do IMD permite medir o nível de competitividade das principais economias mundiais. Portugal desceu 6 posições face a 2018, ocupando agora o 39º lugar global. Mais positivas são as classificações em determinadas categorias, como na Legislação Empresarial, onde estamos em 19º, e na das Infraestruturas, nomeadamente na área da saúde e ambiente, onde conseguimos o 21º lugar. Já quando avaliada a performance económica, há que destacar o 26º lugar relativo ao comércio externo.
No caso de Portugal, os fatores com maior número de votos foram a qualificação da mão-de-obra, o custo de oportunidade e a estabilidade das infraestruturas. No que toca aos principais desafios que a nossa economia enfrenta, destacam-se a redução estrutural do défice público, de forma a atingir um excedente permanente e a reduzir a dívida pública no longo prazo; o atingir de um crescimento significativo num contexto internacional de restrição e constrangimentos; a criação de uma estratégia nacional de transformação digital que se torne uma referência intersectorial de inovação e empreendedorismo para a economia nacional, em geral; e, ainda, o estabelecimento de um sistema burocrático mais eficiente e uma maior aposta na formação nas áreas STEM (Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas), no sentido de desenvolver nas novas gerações competências e responsabilidade para abraçar as novas tecnologias emergentes.
O país que mais melhorou no continente europeu, a Irlanda, subiu cinco posições para o 7º lugar, devido à melhoria das condições de negócios e ao fortalecimento da economia. De acordo com os dados, a Irlanda lidera globalmente o caminho a nível de incentivos ao investimento, gestão de contratos do setor público e em áreas como imagem, branding e gestão de talentos. Portugal foi o país com maior queda na região, descendo seis posições, invertendo a tendência do ano anterior e retomando os níveis de 2016 e 2017.
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