Américo Azevedo, docente da Pós-Graduação em Gestão de Operações da PBS, defende que “o desempenho das Operações condiciona diretamente o posicionamento competitivo de uma organização e por isso, nos dias de hoje, a sua importância é cada vez mais inquestionável “.
A Gestão de Operações tem vindo a ser cada vez mais preponderante na competitividade e sustentabilidade das empresas, sejam elas industriais ou de serviços, e, como tal, assume um papel de relevo e fundamental no seu sucesso. Américo Azevedo, especialista na área, e coordenador de vários programas de Gestão de Operações na Porto Business School defendeque “as ‘Operações’ são o coração de uma empresa - seja do domínio dos serviços ou da indústria.
Qualquer organização, com ou sem fins lucrativos, existe com um fim, isto é, com o propósito de desenvolver a sua Missão”. E para Américo Azevedo essa Missão “materializa-se num conjunto de produtos ou serviços que resultam da execução das suas Operações, sejam elas atividades de desenho, planeamento, execução e controlo e melhoria. Assim, “o desempenho das Operações condiciona diretamente o posicionamento competitivo de uma organização e por isso, nos dias de hoje, a sua importância é cada vez mais inquestionável”, conclui.
O papel das Operações no futuro
Quando questionado sobre as constantes mudanças no tecido empresarial, o surgimento de novos modelos de negócio em detrimento de outros e se as empresas estão cientes disso e devidamente preparadas para os desafios do futuro, o docente da PBS acredita que “nem todas as empresas estão conscientes do impacto da ‘turbulência’ existente no ambiente que a rodeia. A capacidade de adaptação rápida, com eficácia e eficiência, é verdadeiramente fundamental. O problema é que as empresas são entidades muito complexas onde coexistem diversos sistemas, muito para além dos sistemas tecnológicos. O desafio não é mudar unicamente pela via da tecnologia, o desafio é conseguir gerar as competências certas que permitam o posicionamento competitivo desejado, garantindo a sua sustentabilidade, no futuro.”
Neste quadro de complexidade multidisciplinar, Américo Azevedo deixa um alerta: “as Operações são um ingrediente fundamental a ter em conta pelas empresas. Contudo, muitas das empresas não estão, de facto, conscientes do papel das Operações. Estas são vistas unicamente como a função de ‘produção’ da empresa. Esta é, sem dúvida, uma visão muito redutora e pouco estratégica”.