MBA Stories: “A Spírito não vende apenas gelados e cupcakes. Vende emoções e surpresas.”
Na criação de uma das marcas mais conhecidas de gelados artesanais e de pastelaria está Nuno Freitas, antigo aluno do MBA Executivo e empreendedor nato, que coloca paixão em tudo o faz. O mais recente investimento é no “Airbnb do café artesanal”.
Se dúvidas houvesse do espírito empreendedor de Nuno Freitas, os negócios bem sucedidos onde “meteu o nariz” são prova disso e da paixão imensa que coloca em tudo aquilo que faz. Com um percurso ligado à gestão (depois da licenciatura em Gestão na Universidade do Minho, e ao MBA Executivo na Porto Business School), este bracarense criou uma marca que é uma referência em Portugal: a Spirito Cupcakes & Coffee.
A Spirito é muito mais do que uma marca de gelados com produção artesanal, é a junção de três produtos num só espaço: os gelados, os famosos cupcakes e o café. Influenciado pela “cultura Starbucks”. Após um ano nos EUA, e curioso para saber como é que se faziam, afinal, os famosos gelados italianos, Nuno foi para Itália aprender a fazer gelados. A esposa, que tem família italiana, encarregou-se da parte da pastelaria. E, em 2011, a Spirito abriu portas em Braga.
Seis anos depois, a empresa mantém-se como um negócio familiar que conquistou o mercado português e anda nas bocas do mundo, desde que foi finalista do concurso de televisão Best Bakery. O negócio vai de vento em popa e, no final do ano passado, a Spirito deu o salto para a Baixa do Porto com a abertura da segunda loja, num investimento a rondar os 280 mil euros.
Academia Spirito arranca no próximo ano
A inovação faz parte do ADN da Spirito e, por isso, a marca está sempre à procura de novos produtos e conceitos. Uma das estratégias da marca é sair fora de portas com um contentor colorido que está instalado durante este verão, na marginal de Matosinhos, e chegar assim a vários pontos do país. O fundador da marca adianta que os festivais de verão são os locais estratégicos onde a marca quer estar com o seu contentor itinerante.
A marca investiu também numa nova unidade de produção de gelados em Braga, que terá capacidade de produção de 12 mil gelados por dia, podendo triplicar a produção se for necessário, estando garantido “o mesmo processo artesanal”, explica Nuno Freitas.
A formação é uma prioridade para a marca portuguesa que aposta na qualidade dos seus produtos, tanto na pastelaria como nos gelados de fabrico artesanal, por isso, no próximo ano vai arrancar a Academia Spirito onde profissionais e amadores vão ter a oportunidade de aprender com chefs conceituados. “Queremos olhar para o negócio também como uma forma de subir o patamar da qualidade dos produtos que nós trabalhamos”, adianta o fundador da marca.
“Airbnb do café artesanal” é o negócio mais recente
O gestor, com formação em marketing, já criou vários negócios, “alguns não deram certo”, conta, mas nada que o demova de continuar a arriscar e a inovar. A Spin, uma startup com sede em São Francisco, nos EUA, da qual é sócio, é o seu mais recente investimento. É uma espécie de “Airbnb do café artesanal”, descreve o empreendedor, que consiste numa nova tecnologia de extração de café, com um potencial de vendas enorme. Só no primeiro mês alcançou 2 milhões e 900 mil dólares em vendas diretas e milhões de encomendas para empresas como a Amazon ou a Crate and Barrel.
Como gestor de vários negócios, Nuno Freitas sabe que tomar decisões é uma tarefa exigente, mas que se tornou um pouco mais fácil após a experiência no MBA Executivo, em 2004, na Porto Business School, e que lhe deu uma visão “mais abrangente” do mundo empresarial. “Hoje consigo olhar para um problema e ver as dimensões todas. E muitas vezes, os erros nas decisões não acontecem por não termos capacidade de escolher a opção certa, não temos é a visão de tudo e o MBA dá isso”, explica.
Decisões mais acertadas graças também à aproximação ao mundo dos negócios que a formação lhe trouxe, dos contactos que estabeleceu, das empresas que “gravitam à volta da PBS” e que podem ser uma oportunidade para quem procura mudar de carreira ou aumentar a sua rede de contactos. “Eu era o mais novo, tinha apenas 25 anos e seis anos de experiência de trabalho e na minha turma tinha pessoas com 20 e 30 anos de experiência profissional. Essa riqueza faz com que todos os aspetos teóricos tenham uma característica completamente diferente e aí trazemos um know-how, uma visão mais prática e skills que são transversais a todas as áreas de negócios”, afirma.
O MBA não termina com um diploma na mão. “Um MBA não termina aí, também nos dá vontade de continuar a aprender, porque temos uma necessidade de nos atualizarmos. O MBA é um investimento forte, mas nós também vamos usufruir do investimento que fazemos”, conclui.