Com um percurso de quase duas décadas de investimento em negócios, sobretudo direcionados para as vertentes social e tecnológica, Filipe Portela assume, há mais de um ano, o cargo de Regional Manager Ibéria da Seedrs, a plataforma de crowdfunding para start-ups que já ajudou a financiar 500 campanhas, num total de 250 milhões de euros.
Fisioterapeuta de formação - trabalhou como profissional nas áreas do desporto e ortopedia e desenvolveu também investigação, sobretudo no uso de Serious Games na prevenção e tratamento terapêutico - cedo, Filipe Portela começou a apostar em negócios com especial enfoque na tecnologia e nas causas sociais.
Nos últimos 18 anos, a vida de Filipe Portela foi dedicada a desenvolver negócios em diferentes setores, ainda que nem todos tenham tido sucesso, não fosse esse o risco de um empreendedor. Mentor de mais de 50 negócios de empreendedorismo social, júri em mais de 20 eventos nacionais e internacionais dedicados ao empreendedorismo, orador em eventos da área dos negócios e board member de diversos negócios.
Se antes do MBA, a vida de Filipe Portela já era “pouco aborrecida” pelos diversos projetos que liderou, um do quais a Ingeniu.com - um dos primeiros sites e-commerce em Portugal -, depois do The Magellan MBA da Porto Business School (PBS) em 2011/2012, muito menos. Uma paragem na carreira durante um ano que lhe abriu portas a novos negócios que desenvolveu após a formação na Porto Business School. Nesse mesmo ano (2012), cofundou a start-up HealthySystems (vendou a posição no final de 2015), e no ano seguinte assumiu a direção da Fundação Mais, a primeira entidade portuguesa privada 100% dedicada ao investimento de impacto e aos negócios sociais.
FIlipe Portela esteve também na origem do Impact Hub Lisbon, uma rede mundial de entidades ligadas aos negócios de impacto que abriu um espaço próprio em maio deste ano, no Museu da Carris, em Lisboa, e que junta mais de 20 entidades em rede, mais de 40 membros e conta com mais de 50 eventos organizados neste espaço. O projeto cofundado por Filipe Portela foi distinguido pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial com o programa Escola de Impacto e com vários outros programas a decorrer como o SocialTech.pt, o ImpactGenerator.org, entre outros que serão lançados brevemente nas áreas do empreendedorismo feminino e na experiência internacional para jovens executivos.
“Escolhi o MBA à procura de criar novos e melhores negócios”
Em 2016 surgiu um novo desafio para este jovem português, imergido no mundo dos negócios: integrar a equipa da Seedrs, líder europeu de equity-crowdfunding (financiamento colaborativo em troca de capital), que ajuda no crescimento e financiamento de start-ups e scale-ups europeias.
A empresa, cofundada pelo português Carlos Silva e sediada em Londres, já financiou mais de 500 campanhas, num total que ascende a 250 milhões de euros. No caso português, a plataforma de crowdfunding foi responsável pelo financiamento de 11 campanhas com o montante de cerca de 3,5 milhões de euros, “valores que pretendemos sejam amplamente aumentados nos próximos anos”, adianta Filipe Portela, Regional Manager da Ibéria Seedrs.
Nos vários projetos em que está envolvido, enquanto investidor, gestor e orador, Filipe Portela acredita que o MBA foi importante no desenvolvimento das competências soft, principalmente na confiança, atitude, comunicação interpessoal e gestão de equipas.
Quando escolheu o The Magellan MBA da PBS, entre as principais ofertas na Europa e nos Estados Unidos da América (pesou a qualidade e o ótimo feedback dos antigos alunos) - Filipe Portela não estava à procura de um novo ou “melhor “ emprego”, mas sim a “possibilidade de criação de novos e melhores negócios”, afirma.
Nessa altura percebeu também que não conseguia conciliar o trabalho como freelancer, porque teria que estar a 100% para tirar o máximo do MBA. “O facto é que me permitiu ter experiências e posições que não pensava serem possíveis antes do mesmo”, conta, realçando sobretudo a experiência internacional. “Foi um dos fatores mais inesperados e recompensadores. Tanto a possibilidade de interagir e crescer lado a lado com alunos de outras culturas como a oportunidade de poder visitar outras faculdades/universidades”, adianta.
Histórias para contar, muitas, sobretudo pela riqueza da experiência multicultural. "Os jantares internacionais eram sempre ótimas ocasiões de aprendizagem e troca de cultura, já que cada pessoa era responsável por trazer uma comida/bebida típica da sua região, bem como a respetiva banda sonora. Sempre ótimos momentos de fortalecimento de relações também, que ainda hoje em dia se mantêm", conta o antigo aluno da PBS.
O crescimento pessoal, a aquisição de competências essenciais na área dos negócios, o contacto com outras realidades fora do país são apenas algumas vantagens que o gestor da Seedrs enumera para quem pretende investir num MBA, principalmente “para alguém que queira crescer, aprender e esteja disposto a dedicar-se ao mesmo”, conclui.