Fábio Chaves dedicou grande parte da sua carreira a estudar o ambiente. Hoje estuda sobretudo pessoas, na reputada marca Knorr. Um salto impulsionado pelo The Magellan MBA.
Com apenas 5 anos, Fábio deixou a cidade de Chaves, onde nasceu, para viver numa aldeia na freguesia de S.Pedro de Aboim, em Amarante. Cresceu a apreciar a tranquilidade do campo, o avô ensinou-lhe a palavra “sustentabilidade”, cujo significado só entenderia mais tarde. Nos dias que passava com o avô na mercearia, aprendeu a entender melhor as pessoas e a aprender aquilo que as definia: as suas histórias.
Nesta altura, Fábio Chaves estava longe de imaginar que passaria os seus dias a estudar pessoas. Muito influenciado pelas manhãs em frente à televisão a ver o programa BBC Vida Selvagem e pelos livros de fauna que ia colecionando, quando chegou à altura de ir para a faculdade, como qualquer jovem de 17 anos, as dúvidas eram mais do que as certezas. “Sabia que queria continuar a alimentar as minhas duas paixões: a natureza e entender pessoas”, conta.
Quis estudar Biologia Marinha, em Inglaterra, mas acabou a adiar o sonho para estudar Engenharia do Ambiente, em Coimbra. Rumou a Itália, primeiro para um programa de mobilidade Erasmus, durante o qual desenvolveu um projeto em geotermia - que viria a implementar na sua cidade Natal, em Chaves - e mais tarde, no Programa de estágios Leonardo Da Vinci para fazer parte de um projeto de construção de uma ponte que ligaria a Calábria à Sicília, pelo Estreito de Messina. Seguiram-se outros mas continuava a não ser suficiente. “Talvez não fosse o Ambiente o que mais me apaixonava… Senti também que a minha paixão pelas pessoas não estava a ser de todo estimulada. Percebi isso no Erasmus em Itália, o país pelo qual me apaixonei”, confidencia. A mudança radical aconteceu com o The Magellan MBA.
“An investment in knowledge pays the best interest”, Benjamin Franklin
Sempre incentivado pelos pais a querer saber mais, o engenheiro de formação procurou no The Magellan MBA da Porto Business School (PBS) um novo desafio intelectual que permitisse dar outro rumo à carreira profissional. Descobriu o programa “quase por acidente” e, numa sessão de apresentação do MBA, ao ouvir as histórias dos antigos alunos do programa, convenceu-se que iria parar um ano para dedicar-se ao programa, em regime de full-time.
“A verdade é que, ao ouvir aquelas pessoas, percebi que não fora o único a viver aquela incerteza inquietante originada pela falta de desafios. Naquele momento empático, deixei-me contagiar, e comecei a desenvolver uma ideia, de tirar um MBA, que não era de todo nova, mas que fazia muito sentido naquele momento da minha vida. Também entendi que só estaria preparado para ela após ter amadurecido, profissionalmente e pessoalmente, nas várias experiências que fui tendo”, continua o engenheiro que, na altura, estava a trabalhar na área de controlo de acidentes de trabalho no grupo José de Mello Saúde, em Braga.
No programa de MBA, Fábio procurou novas competências, novas ferramentas e métodos na área de marketing que “permitissem focar a criatividade, e redirecioná-la de forma a criar valor”. O MBA trouxe-lhe, sobretudo, uma visão holística e clareza em áreas de negócio distintas que lhe permitem desconstruir qualquer negócio, de forma entendível. “No meu atual cargo, é extremamente útil, pois apesar da minha área de atuação ser o Marketing, tenho de conseguir falar a mesma língua, seja com pessoas da área de finanças ou de supply chain. Eu tenho de os entender, e eles tem de me entender. Sinto que tenho um ‘tradutor’ sempre comigo. Caso contrário, o meu sucesso enquanto promotor ou criador de um dado produto fica logo à partida condicionado”.
Como Brand Developer da marca Knorr, na Holanda, onde está há cerca de meio ano, o desafio “é tremendo”, pela responsabilidade que tem em mãos de tomar decisões que influenciam e afetam vários países, "mas muito gratificante”, por ver que toda a experiência culmina num lançamento ou rejuvenescimento de um novo produto ou portfólio. “Aquele momento em que chegamos a um supermercado e percebemos que aquele produto na prateleira é fruto do nosso trabalho, e que jamais teria sido conseguido sem o apoio de uma cultura de empowerment dos seus colaboradores”, sustenta.
Impressionado com a cultura da empresa e o seu ‘growth mindset’, este engenheiro de formação está finalmente a fazer o que mais gosta: lidar com pessoas. “E o mais interessante é que estou a lidar com pessoas, estudo pessoas, e estou numa das empresas que assenta toda a sua visão numa estratégia sólida de sustentabilidade, desde produtos a pessoas”, confidencia.
“O MBA é para pessoas que procuram versões melhores de si mesmas”
À boleia do MBA vieram novos desafios na área do marketing, muitas experiências fora de portas – o programa é lecionado em Portugal e em Hannover e inclui ainda duas semanais internacionais em escolas de negócio de topo – e, claro, muitas histórias para contar.
Este programa trouxe-lhe novas competências mais “hard”, de gestão, de marketing, de finanças, mas também o desenvolvimento de competências "soft", como liderança, comunicação, negociação ou gestão de equipas. E a experiência internacional que adquiriu no The Magellan MBA, seja pela relação com os colegas (cerca de 50% da turma do Magellan MBA é habitualmente composta por alunos estrangeiros), seja pelo contacto com professores internacionais, provenientes de diferentes escolas de negócios de todo o mundo ou mesmo pela semana internacional (no seu ano na McCombs School of Business, em Austin -Texas), trouxe-lhe competências essenciais para o dia a dia profissional. “Estou envolvido num meio multicultural, com pessoas de várias nacionalidades, o que obriga a que eu seja capaz de me adaptar às particularidades e às questões comportamentais de cada pessoa que se cruze comigo. Outro fator, que é igualmente importante, é o mindset resiliente que uma pessoa tem sempre de ter para viver num país com desafios diários, muitos diferentes do nosso país de origem”, resume Fábio Chaves, a viver em Roterdão, Holanda.
Não menos importante para a mudança na carreira, que lhe abriu as portas na Unilever foi a imersão num ambiente empresarial, durante o programa de MBA, no qual teve a oportunidade de desenvolver um projeto no período e aplicá-lo em contexto real de trabalho. A participação no programa CoHitec - um programa de comercialização de tecnologia - também lhe permitiu “desenvolver uma maior capacidade de resposta, de uma forma rápida e coerente”.
Fábio, que viu a sua vida mudar radicalmente depois do The Magellan MBA, acredita que a formação é para “pessoas que busquem melhores versões de si mesmas”, dispostas a sacrifícios, porque “acreditam que isso os vai tornar mais capazes, e ultimamente mais felizes. Que estejam disponíveis para aprender, todos os dias, mesmo quando a resistência interna parece falar mais alto”. Porque, continua, "nos dias de hoje, a mudança acontece rápido e o conhecimento é a chave para competir num mundo que muda a cada segundo”, em que a realidade evoluiu de um ‘to-do’ para um ‘always do’. “O meu avô costumava dizer-me: ‘se não limas a serra, não esperes cortar muitas árvores’. Por isso, é essencial que tenhamos tempo para nos desenvolvermos, aprendermos e para consolidarmos aquilo que aprendemos, porque a curva de aprendizagem é a única curva de retorno”, defende. Além disso, continua, “as skills têm um período de vida cada vez mais curto". De acordo com o livro 'A New Culture of Learning’, o que aprendemos há 5 anos é irrelevante, e tudo que aprendemos há 10 anos é obsoleto”, constata Fábio.
Em retrospetiva ao The Magellan MBA, Fábio valoriza a forma como o programa está desenhado para se adaptar aos interesses de cada aluno e pelo ensino mais direcionado para a prática do que apenas para exposição de teorias. “Parece-me uma sólida proposta de valor que, para pessoas como eu, é difícil de ignorar. Porque, mesmo parando um ano, senti que estive quase sempre um passo à frente do mercado”, afirma.
Das histórias que ficam do MBA e de um ano intenso de trabalho, Fábio recorda uma das experiências mais marcantes: a atividade de vela, uma das muitas atividades de team building que os alunos fazem durante o MBA. “Trabalhar em equipa, com aqueles níveis de adrenalina no máximo, e perceber somos os obreiros de fazer com que o barco deslize àquela velocidade, numa posição 25º-30º entre a linha do mar e o mastro, foi simplesmente indescritível".
Um de muitos momentos marcantes do MBA que não cabem nestas linhas de texto, mas que inspiram quem o lê. Tal como aconteceu com Fábio, quando ouviu os testemunhos dos colegas de MBA, e que o fez, nesse dia, mudar de vida.