César Lima, CEO da Adalberto, participou no evento promovido pelo Center for Business Innovation para a apresentação do Selo PME Sustentabilidade. E partilhou a experiência desta empresa nacional na sua jornada de transformação para um futuro sustentável.
A indústria têxtil é considerada uma das mais poluentes do mundo pelas elevadas emissões de gases com efeito estufa aos quais se junta o elevado consumo de água.
Os caminhos rumo a um futuro sustentável multiplicam-se e interligam-se com a visão, objetivos estratégicos, tipo de indústria e estado de maturidade da PME.
A Adalberto é uma empresa nacional nascida nos anos 60 do século XX que passou de um negócio familiar a líder europeia na estampagem de tecidos, pautando desde sempre pela inovação, criatividade e liderança.
A experiência da Adalberto na jornada de transformação rumo a um futuro sustentável serviu de mote para a partilha de César Lima, CEO da empresa.
Uma das mensagens de César Lima prende-se com a urgência da sustentabilidade: “daqui a dez anos a sustentabilidade vai ser a norma” e acrescenta ser possível antever essa realidade através dos pedidos dos clientes e exigências dos consumidores.
A jornada da Adalberto começa na redefinição do modelo de negócio – a evolução da linearidade para a circularidade do modelo com o propósito de diminuir a quantidade de resíduos tóxicos e apostar na reutilização destes resíduos e reintroduzi-los na cadeia de valor.
A jornada para um futuro sustentável que a Adalberto está a trilhar assenta em quatro vertentes: água, energia, ambiente e social/ proteção/ responsabilidade social.
A indústria têxtil consome elevadas quantidades de água. Por exemplo, são precisos mais de 5000 litros de água para produzir um par de calças de ganga.
Para uma empresa têxtil, a gestão da água é um processo crítico, por isso há uma aposta clara na otimização do uso de químicos e água nos processos industriais. A Adalberto possui também uma estação de tratamento de águas próprias.
Com estas iniciativas, a Adalberto conseguiu reduzir em 20% o consumo de água: 92 403 m3, ou seja, o equivalente a 1 piscina olímpica por semana (em comparação aos valores de 2016). E conquistou a Certificação Care for Water do Grupo Inditex.
A indústria têxtil consome também muito energia. Para otimizar o consumo de energia, a Adalberto apostou na instalação de um sistema de recuperação de calor nas caldeiras e substituiu o telhado por painéis translúcidos/ fotovoltaicos.
Atualmente a energia elétrica consumida pela empresa provém de fontes renováveis. Também a frota da empresa está a ser renovada por meio da compra de veículos elétricos.
A pensar no ambiente, a missão da Adalberto é ser carbono zero a médio prazo; para isso participa em consórcios que colaboram na reciclagem de produtos têxteis.
A inovação é um pilar central quando o objetivo é proteger o ambiente e faz parte do ADN da empresa.
A “Travel Shirt” é um exemplo deste espírito inovador. Não precisa de ser lavada tantas vezes nem precisa de ser passada a ferro. É repelente à água e por dentro é absorvente. Tem também uma propriedade antibacteriana que inibe a formação de cheiros e a multiplicação de bactérias.
Numa perspetiva social, e a pensar nos seus colaboradores e na sua qualidade de vida, a Adalberto apostou na remoção de telhados de fibrocimento, proporcionando a entrada de luz natural no edifício e protegendo a saúde da equipa.
A equipa da Adalberto tem ao seu dispor uma cantina com refeições desenvolvidas por nutricionistas a um custo reduzido. A empresa promove o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores e comunidade envolvente.
Este conjunto de iniciativas reflete o compromisso da Adalberto rumo a um futuro sustentável nas suas vertentes: ambiental, económica e social.
A Adalberto desenvolveu e produziu a máscara MOxAd-tech, à venda nas lojas MO. Esta máscara é aprovada pelo CITEVE para Covid-19 (Nível 2).