Quando pensámos em Operações, pensámos geralmente em duas questões fundamentais: Como podemos maximizar a criação, entrega e captura de Valor? Como poderão as organizações ambicionar novos padrões de excelência e desempenho operacional?
É cada vez mais consensual a importância das Operações, na competitividade das organizações. É também cada vez mais reconhecido o papel da tecnologia e em particular da digitalização, abrangendo toda a cadeia de valor, no incremento do desempenho operacional das organizações e na sua aptidão para uma operação mais ágil e resiliente. Prometem-se ganhos significativos com as oportunidades que se identificam. Contudo, de igual forma, reconhecem-se inúmeros desafios na criação do ambiente operatório que possa conduzir a patamares de excelência operacional.
Um dos pontos chave será compreender como delinear e desenvolver as estratégias e ações necessárias que conduzam com sucesso a organização a um patamar de desempenho superior. O desafio é pensarmos na excelência na perspectiva das várias partes interessadas: clientes, colaboradores e investidores!
Construir a Excelência Operacional, num quadro de desenvolvimento e evolução organizacional sustentável, recomenda a adoção de uma estratégia centrada na articulação dos Recursos, Processos e Competências. O desafio que se impõe passa por conceber modelos de organização e gestão que promovam o alinhamento de toda a cadeia de valor com a estratégia competitiva da organização, dando resposta às questões fundamentais:
» Como formular e avaliar o sistema de operações, numa lógica de maximização de valor e de alinhamento com a estratégia competitiva da organização?
» Como escolher e adequar os recursos e processos que melhor garantem as prioridades competitivas da organização?
» Como melhorar de forma sustentada o desempenho operacional no sentido de caminhar em direção à excelência?
» Como organizar e gerir a dinâmica de mudança num horizonte de curto e médio prazo?
O atual ambiente competitivo geral e específico a que estão sujeitas as organizações, tendo por pano de fundo um período de elevada incerteza económica mundial, coloca desafios significativos quando se querem lançar no processo de evolução ecológica e digital. Um desafio em primeira linha será re-desenhar o modelo operatório de hoje de forma a facilitar um posicionamento de verdadeira orientação ao cliente, onde a visibilidade, rapidez e fluidez operatória são necessidades chave. Ainda com este enquadramento, as Operações têm de ser vistas numa lógica de multi-ecossistema: cliente, cadeia de valor total, tecnologia. Um outro desafio chave é garantir a continuidade de toda a cadeia de valor: fornecer de forma eficiente o máximo valor. Desde o desenvolvimento do produto, planeamento, aprovisionamento, fabrico e armazenamento até à logística e serviços, todas as partes internas e externas, de forma conjunta e sinergética, têm de trabalhar sem descontinuidades.
A oportunidade existe: criar e entregar propostas de valor diferenciadoras e operar, com eficácia, de forma mais eficiente. Ou seja, a oportunidade de ser mais competitivo e de forma sustentável – o desiderato a que as organizações não podem ficar alheias. A oportunidade existe e existem também barreiras e riscos - barreiras e riscos de origem interna e externa.
A Porto Business School tem vindo de variadas formas a desenvolver e a oferecer uma proposta de valor que endereça quer os desafios, quer as oportunidades em torno das Operações. Várias pós-graduações endereçam o domínio, nomeadamente, a pós-graduação em Gestão de Operações, vários programas de formação executiva e naturalmente os programas customizados. O programa de formação executiva Construir a Excelência nas Operações endereça as questões que aqui identificámos, garantindo o desenvolvimento e consolidação de capacidades que permitam analisar, organizar, aplicar, coordenar e liderar atividades e iniciativas orientadas à excelência operacional nas organizações.
Américo Azevedo, diretor do programa Construir a Excelência nas Operações e da PG Gestão de Operações