Comunicar com impacto “é ter a capacidade de calçar os sapatos dos outros"
Existem várias técnicas de comunicação que nos ajudam a passar a mensagem aos outros, de forma clara e objetiva, mas se queremos comunicar com impacto há outros fatores que são fundamentais e que estão relacionados com o autoconhecimento das nossas forças e fraquezas e com o comportamento. É este o fator distintivo do programa da Porto Business School, Comunicar com Impacto, que arranca já em outubro.
Se queremos comunicar com impacto e, dessa forma, melhorar o desempenho dentro das organizações não basta usar as técnicas certas de comunicação. "Primeiro, é preciso conhecer as nossas forças e fragilidades para trabalhar a imagem que queremos projetar nos outros", explica Isabel Borgas, Head of Corporate Communications & CSR da NOS e diretora do programa da Porto Business School, Comunicar com Impacto. “Há muito pouca tomada de consciência do que eu represento, do ponto de vista de perceção nos outros, e em que medida é que isso impacta a comunicação e a capacidade de persuasão”, nota a docente convidada da Porto Business School, especialista nas áreas comportamentais e da comunicação.
Por isso, comunicar de forma eficaz e com impacto só é possível se tivermos um bom autoconhecimento daquilo que somos capazes e de como é que queremos que os outros nos vejam. E, para isso, é preciso fazer um autodiagnóstico, para percebermos naquilo que somos bons e onde podemos melhorar, para podermos trabalhar as nossas competências e valências como uma marca. E desenvolver competências como a escuta ativa, isto é, ter a capacidade de escutar, entender, assimilar o feedback que alguém nos dá para melhorar, sustenta a Head of Corporate Communications & CSR da NOS.
O programa Comunicar com Impacto, que arranca em outubro, é inovador pela abordagem das questões do autoconhecimento e do comportamento, através da qual se desenvolvem competências que permitem mobilizar a vontade de pessoas, equipas, pares e hierarquias. Ao longo do programa, os participantes são “obrigados a despir a capa profissional que vestem todos os dias” e, no final, saem completamente “transformados”, conta a diretora do programa.
“As técnicas formais de comunicação já são muito trabalhadas. O que nós fazemos (neste programa) é trabalhar as componentes da comunicação ao "meu" serviço e na construção da "minha" marca através de atividades de role-playing e de exercícios de diagnóstico, aos quais corresponde depois um caminho de desenvolvimento”, afirma Isabel Borgas.
A comunicação é uma ferramenta de gestão essencial que influencia o desempenho numa organização, “se não existir abertura no diálogo com os múltiplos stakeholders, se não existir transparência, corro o risco dos outros falarem por mim, da imagem que é projetada não ser a que eu quero e isso pode ter consequências no progresso da carreira dentro da empresa”, refere a docente, explicando que comunicar com impacto já não é uma competência exclusiva das chefias das organizações. “Quando estamos numa estrutura muito hierárquica e formal, não há diferença na forma como falo para os meus pares, chefia e colaboradores, ainda que tenhamos a tendência a ouvir mais as chefias do que os nossos pares”, constata, sublinhando a importância de não descurar outras formas de comunicação como a comunicação não-verbal (forma de estar ou de vestir).
Um exemplo de uma boa prática é “ter a capacidade de calçar os sapatos dos outros, perceber que posso ter muita pressão, mas também é preciso conhecer o outro na sua dimensão pessoal”, conclui a Head of Corporate Communications & CSR da NOS.
O programa Comunicar com Impacto tem início já a 12 de outubro e destina-se a executivos seniores, senior managers e empreendedores com vontade e ambição de serem melhores líderes, com vista a uma gestão mais eficaz e eficiente da carreira profissional.