Segundo Amélia Brandão, diretora do programa de Pós-Graduação em Comunicação Empresarial, as marcas terão de desenvolver a sua capacidade de comunicar para responder a desafios como a inovação tecnológica ou a Geração Z.
Estão as marcas preparadas para comunicar com a geração Z?
[AB] Uma geração é definida como um conjunto de factos históricos ou fenómenos relacionados, que criam um distinto gap (inter)geracional. A sua identificação exige alguma forma de “proximidade” social na partilha de eventos ou fenómenos culturais.
A geração Z (nascida entre 1993 e 2005), cujos elementos mais velhos estão agora a ser jovens adultos é, maioritariamente, constituída por jovens com menos de 20 anos. Quem é esta geração? São nativos digitais, porque nunca experienciaram a vida, antes da internet. Nenhuma geração anterior, viveu numa era, na qual a tecnologia se encontra tão, pronta e facilmente, acessível. Os avanços tecnológicos em multimedia, permitem que as marcas disponibilizem informação, em tempo real, via tablets, smartphones, internet e/ou social media, tornando a geração Z, confortável e acostumada a interagir e comunicar num mundo, constantemente, conectado.
As marcas tiveram de se adaptar a esta geração digital, adaptando e/ou redefinindo o seu modelo de negócio, criando e mantendo uma comunicação viva, interagindo como os seres humanos e disponibilizando informação de uma forma rápida e eficiente. O social media desafia as marcas com todo o seu potencial de estimular forums que facilitam quer a formação da opinião pública, bem como a participação cívica. A explosão tecnológica não é só positiva ou só negativa para as marcas. É, simplesmente, uma realidade!
Que competências será necessário desenvolver, para responder a estes novos desafios?
[AB] Sem dúvida, que as marcas terão de reforçar, exponencialmente, a utilização tecnológica e preparar os recursos humanos com conhecimentos, competências e atitudes pró-digitais. As marcas têm de desenvolver um maior conhecimento de quem são os seus clientes, por forma a disponibilizarem instrumentos e meios de comunicação compatíveis com os diferentes públicos-alvo e serem capazes de estimular e gerir, o user generated content, por parte de cada um desses targets.
Considerando que atualmente, os indivíduos, podem ouvir música, jogar, ver televisão, comprar uma peça de roupa ou ver um concerto em direto, através de um único dispositivo móvel, Smartphone, de pequenas dimensões, as marcas terão de desenvolver a sua capacidade de comunicação empresarial. A networking e a interconectividade devem ser potenciadas, atendendo à declinação da comunicação presencial, Face-to-face. As marcas têm, adicionalmente de aplicar técnicas de Design Thinking, para numa comunicação online, continuarem a alimentar sonhos, sentimentos, experiências, tribos e criar VALOR. Incontornável a adoção de marketing 4.0, ao serviço da comunicação empresarial com win-win para ambos, marcas e consumidores.