O LinkedIn é a maior rede social profissional do Mundo, conta com mais de 830 milhões de utilizadores, mais de 58 milhões de empresas e está presente em mais de 200 países.
Fui desafiada a criar o meu perfil no primeiro ano de faculdade. Os estudantes universitários têm um grande peso nesta rede, que conta com 120 mil escolas listadas. Acabei por criar, juntamente com mais alguns colegas de curso, uma organização de estudantes na Faculdade de Economia, a FEP First Connection, cujo intuito era aproximar os estudantes do tecido empresarial português, e o slogan “a tua network profissional”. Desde então fui alimentando a minha rede conectando-me com todos os docentes e colegas de faculdade, com todos os clientes, empresas e stakeholders com quem me fui cruzando no meu curto percurso profissional.
Ter um perfil nesta rede é sem dúvida um must-have, que não acarreta custos, mas que pode ser bastante proveitoso para o utilizador e para as empresas: 95 candidaturas de emprego são submetidas a cada segundo e a cada minuto 6 pessoas são contratadas no LinkedIn. Mas, criar um perfil por si só, não corresponde a uma utilização eficiente de todas as suas potencialidades, sendo necessário ter alguns cuidados:
- ter uma fotografia de perfil adequada (uma boa fotografia aumenta a probabilidade de o seu perfil ser visto em 40%) e acrescentar uma fotografia de capa;
- explicar num breve resumo o nosso pitch;
- atualizar a formação académica e os cargos profissionais desempenhados e com uma breve descrição, com ligações para os sites das empresas, sempre que possível;
- adicionar competências e certificados ao perfil;
- ter recomendações de colegas de trabalho ou de projetos específicos.
O principal objetivo do LinkedIn é simples: conectar profissionais. Esta característica distintiva torna esta rede um excelente meio para prospeção de mercado, essencialmente B2B. Mas, quando utilizado com este fim, os aspetos acima mencionados não são suficientes para ter um bom retorno. Uma equipa comercial, pode passar à frente os primeiros tópicos, porque certamente já o faz, inquestionavelmente.
Os contactos têm de estar sempre atualizados (e-mail e telemóvel) e visíveis para todas as nossas conexões (havendo a possibilidade de estarem visíveis para todos os usuários LinkedIn) e devemos utilizar uma linguagem profissional e cuidada, adaptada ao público-alvo de cada interação. Temos de utilizar o headline a nosso favor, escolhendo as expressões/palavras-chaves pelas quais queremos ser procurados, num campo que disponibiliza mais de 100 caracteres para que nos possamos descrever/promover. Outro aspeto essencial para que o nosso perfil seja captado mais facilmente nos motores de busca é a personalização do URL, tornando-se também mais atrativo para partilhar.
Apenas 3% das pessoas publicam no LinkedIn, o que significa que quando o fazemos já nos estamos a distinguir dos restantes usuários. Para melhorar a popularidade e o alcance das publicações, devemos utilizar fotografias de pessoas, uma vez que ao fazê-lo aumentamos a taxa de comentários em 98%. A partilha de conteúdo da empresa e do setor de atividade, a interação com clientes e empresas parceiras a pesquisa e conexão com novos usuários vão aumentar o fluxo na rede profissional. Se a página for corporativa, além de tudo o que já foi dito, devemos desenvolver uma cultura de participação dos colaboradores e criar e divulgar oportunidades de trabalho, aumentando o engagement com os usuários. Resumindo, é necessário ter um perfil ativo na plataforma (através de likes, partilha de conteúdo, recomendações, utilizando hastags e identificando pessoas e empresas nas publicações), culminando numa rede de contactos estratégica, que contribuirá para o desenvolvimento pessoal, profissional e do negócio.
Quanto tempo vai passar a dedicar ao seu perfil de LinkedIn?
Magali Gomes
Consultant | Corporate Solutions da Porto Business School