Os investidores internacionais têm destacado sistematicamente a qualidade de vida, a estabilidade social e o acesso a talento de qualidade como algumas das razões da escolha de Portugal enquanto destino de investimento direto estrangeiro (IDE).
Resultado dessas valências, Portugal ocupa hoje uma posição cimeira no ranking dos países europeus com mais projetos de IDE materializados em 2022, ano em que o país captou 248 projetos de IDE - o que se traduziu num crescimento de 24% face aos 200 projetos de 2021.
A par do IDE, Portugal é também reconhecido como um destino a ganhar índices crescentes de popularidade a nível turístico, consequência da sua grande capacidade de encantar e contribuir para o bem-estar e a felicidade dos turistas.
Após anos particularmente difíceis fruto das circunstâncias pandémicas que vivemos, Portugal reclamou novamente a liderança no setor, tendo atingido em 2022 um montante recorde de 21,1 mil milhões de euros de proveitos turísticos. É esperado que um novo recorde, ao nível de dormidas e proveitos, seja novamente batido no ano de 2023.
Os bons resultados obtidos até ao momento no domínio da captação, realização e acompanhamento de projetos de IDE e turismo, sugerem que Portugal deve continuar a trabalhar para que a sua perceção internacional seja a de um destino ímpar para investir, trabalhar ou visitar.
Para tanto, há que continuar a afirmar Portugal como um destino sustentável, com um território coeso, inovador e competitivo, que valoriza o trabalho e o talento. Um país inclusivo e aberto ao mundo, tal como reclamado na Estratégia Turismo 2027 ou no Plano Turismo +Sustentável 20-23, desenhados pelo Turismo de Portugal.
Este posicionamento deve ter em conta, no entanto, que a sociedade está em constante evolução, e que a nova geração de profissionais tem um projeto de vida, no qual a carreira profissional é um meio e não um fim.
Temas como a felicidade, o bem-estar e a cultura organizacional são cada vez mais integrados nos processos de decisão e nas estratégias das empresas e dos indivíduos quando selecionam o local para um próximo investimento, para uma próxima convenção ou evento empresarial ou para uma próxima viagem em família.
De facto, o bem-estar e a felicidade são temas emergentes que assumem especial relevância para a produtividade das pessoas, das empresas e dos destinos que as acolhem. Por tudo isto, Portugal pode e deve trabalhar para se posicionar também como um destino cada vez mais feliz, melhorando a sua posição no Relatório Mundial de Felicidade das Nações Unidas.
Mais oportunidades precisam-se para promover a partilha das melhores práticas ao nível do desenvolvimento do bem-estar e da felicidade em Portugal.
Mais oportunidades devem ser criadas para promover o nosso país enquanto destino empenhado com organizações mais sustentáveis, inclusivas e… felizes!