O mundo está em constante evolução, mais rápido e, impulsionados pelas inovações tecnológicas, os profissionais têm novas necessidades, e são cada vez mais exigentes. As tendências emergentes no desenho de experiências de aprendizagem estão a transformar a formação executiva, tornando-a mais flexível, personalizada e envolvente.
À medida que continuamos a explorar estas inovações, é essencial manter o foco nas necessidades dos participantes e nos resultados de aprendizagem, garantindo que as novas abordagens contribuem para uma aquisição de competências mais eficaz, significativa e passível de ser transferida para as suas organizações. Este foco não só aumenta a competitividade como também melhora a eficiência das organizações.
A integração de tecnologias como a 1) Inteligência Artificial, 2) Realidade Virtual e Aumentada, e a 3) Gamificação, combinada com 4) Modelos de Aprendizagem Assíncronos e 5) Microlearning, oferece novas oportunidades para melhorar a eficácia dos programas de formação.
1) Inteligência Artificial
A inteligência artificial está a redefinir o panorama da educação, oferecendo novas formas de personalização e eficiência. Resistir à integração da IA pode limitar o nosso potencial. O caminho deverá ser integrá-la, sendo disruptivos, e descobrindo onde podemos acrescentar valor.
Ferramentas como o ChatGPT estão a ser usadas para criar assistentes de ensino personalizados, capazes de responder a perguntas específicas dos alunos e ajudar na compreensão dos conteúdos. Segundo o artigo “How Generative AI Is Reshaping Education”, da Harvard Business Publishing Education, a IA pode ser integrada nas aulas de várias maneiras: pedindo aos alunos para criticar outputs produzidos por IA, comparando os resultados de diferentes ferramentas e utilizando a IA como um "study buddy" para autoavaliação e preparação para discussões e avaliações.
2) Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR)
A Realidade Virtual e a Realidade Aumentada estão a abrir novas fronteiras na aprendizagem imersiva. Estas tecnologias permitem a criação de ambientes de aprendizagem interativos e simulações práticas que são impossíveis de replicar no mundo físico ou, sendo, são consideravelmente mais onerosas. A utilização de VR e AR em educação pode aumentar significativamente o envolvimento dos participantes e proporcionar experiências de aprendizagem mais ricas e memoráveis.
3) Modelos Assíncronos
Os modelos de aprendizagem assíncronos estão a ganhar popularidade devido à sua flexibilidade. No entanto, a falta de interação em tempo real pode ser um desafio. Jill Weber, em "3 Ways to Humanize Your Asynchronous Course", destaca a importância de humanizar os cursos online assíncronos através de inquéritos semanais obrigatórios para obter feedback, criação de vídeos de resposta e anúncios semanais para manter os estudantes conectados e envolvidos.
4) Gamificação
A Gamificação, ou a incorporação de elementos de jogos em contextos de aprendizagem, é outra tendência emergente. Neil J. Lambert, em "5 Fundamental Principles for Developing Educational Games", sugere que os jogos educativos podem ser uma ferramenta poderosa para tornar a aprendizagem mais envolvente e divertida, propondo cinco princípios fundamentais para o seu desenvolvimento, que vão desde a definição clara dos objetivos de aprendizagem até à escolha do tipo de jogo adequado, o que poderá levar ao aumento da motivação, do envolvimento emocional e da interação entre os participantes.
5) Microlearning
O Microlearning é uma abordagem de aprendizagem que envolve a entrega de conteúdos em pequenas doses, que podem ser consumidas rapidamente. Esta abordagem é particularmente eficaz para a formação de executivos, que frequentemente têm agendas muito ocupadas, e permite que os participantes acedam a conteúdos de aprendizagem quando e onde for mais conveniente, promovendo uma aprendizagem contínua e flexível.
Na Porto Business School, entendemos que o sucesso de uma empresa depende da qualidade da formação dos seus líderes. Com o apoio das mais recentes tendências, estamos entusiasmados para desenhar programas de formação customizados que não só respondem às necessidades específicas de uma organização, como também potenciam o desenvolvimento contínuo e a inovação. Claro está que precisamos das empresas para serem nossas parceiras, desafiando os seus colaboradores, estimulando a criatividade, dando espaço à tentativa-erro, para juntos desenhar o futuro da formação.
Artigo de Marta Mota, Learning Experience Designer Team Leader | Corporate Solutions, Porto Business School.