Os temas de Finanças e Fiscalidade têm importâncias na vida diária das pessoas, das famílias, bem como das entidades privadas e públicas. Para constatarmos a sua importância basta refletirmos sobre os ciclos económicos de crise ou de prosperidade, nos períodos de deflação ou de inflação e o impacto que tem em todas as entidades acima referidas.
Acresce que os tempos recentes são de acréscimo de riscos: da natureza (tremores de terra, incêndios, inundações, etc), políticos, económicos e financeiros (volatilidade dos valores mobiliários de rendimento variável, de taxas de juro (risco preço e risco reinvestimento), taxas de câmbio, para as empresas cotadas com estrutura acionista dispersa (de ofertas públicas de compra hostis), de inflação e para os títulos cotados no mercado de produtos derivados (futuros e opções) ainda o risco de base.
Com o colapso dos acordos de “BrettonWoods” e com o aumento das dívidas dos Estados, os riscos, das taxas de juro, das taxas de câmbio e a instabilidade do preço dos produtos e serviços, foram acrescidos.
Para financiar quer as entidades públicas, quer as privadas, surgem os mercados financeiros com seu papel e importância reforçados.
Assim, torna-se evidente que as famílias e as entidades estão expostas a grande incerteza e à exposição a riscos. A metodologia para os gerir consiste: na sua identificação das fontes de exposição aos riscos; quantificação da exposição; avaliação do impacto da exposição na estratégia financeira e de negócios; na avaliação da capacidade da empresa para efetuar a sua própria cobertura e, finalmente, na seleção dos produtos e mercados e estratégias mais adequados para gerir os riscos.
Para se definir o nível de risco é precisa a informação e, de todos os tipos, a informação financeira é, provavelmente, a mais importante (informação fundamental e a do mercado financeiro).
Com base na informação financeira fundamentada, os gestores podem tomar decisões respeitantes à rentabilidade e risco, à estrutura financeira das entidades e à sua liquidez e atividade, a fim de saberem se as entidades são capazes de sobreviverem a um choque aleatório imprevisto e desfavorável. O conhecimento científico atual, consolidado pelo trabalho de investigação desenvolvido pelos Prémios Nobel da Economia e consubstanciado em normas práticas, permite saber se as entidades têm estes elementos equilibrados, ou se estão expostas a grandes riscos de entrarem em incumprimento ou mesmo em insolvência.
Uma vez elaborado o diagnóstico financeiro da empresa os gestores devem ser capazes de definir uma estratégia para a entidade que permita a sua manutenção ou obtenção de vantagens competitivas ou concorrenciais, consubstanciado no plano financeiro estratégico de longo prazo e anualizado. A adoção de uma estratégia conduz, em muitos casos, à reestruturações das entidades.
O conhecimento do funcionamento e funções dos mercados financeiros tradicionais e derivados ( futuros e opções) e o conhecimento da valorimetria dos seus produtos e estratégias de gestão afiguram-se imprescindíveis no contexto atual dadas as necessidades de financiamento, das entidades públicas e privadas.
As ideias consubstanciadas em projetos são desenvolvidas no contexto de uma economia formal originando a criação das entidades sujeitas a um meio envolvente altamente regulamentado.
Muitas decisões financeiras têm consequências fiscais, e é essencial para um gestor saber qual é a rentabilidade bruta e líquida das suas decisões e as suas implicações fiscais. As obrigações legais não satisfeitas podem conduzir a contraordenações ou mesmo a sanções de âmbito criminal.
Daí, a importância da fiscalidade e do conhecimento profundo do sistema fiscal português e europeu. De um modo particular os impostos sobre o rendimento, a despesa e o património, bem como os benefícios fiscais e os incentivos ao investimento.
Foi para preencher uma lacuna na formação dos gestores portugueses que organizo, na Porto Business School, a Pós-Graduação em Finanças e Fiscalidade, já com 29 edições, bem como o Mestrado em Finanças e Fiscalidade, na Faculdade de Economia do Porto.
O trabalho e a qualidade do seu corpo docente, associado à Escola onde tem lugar, é atualmente classificada, pela Agência de Ranking “Eduniversal Best Masters”, na vertente Fiscal, como a primeira e única, em Portugal, a nona na Europa e a 13ª no mundo.