This is our chance to redesign work to ensure it is fit for purpose for the coming decades. We have an opportunity to learn from our collective experience and imagination, and from the journey we are all going on. Lynda Gratton, 2022
Como refere Lynda Gratton, reconhecida professora da London Business School, que tive o privilégio de conhecer pessoalmente e cujas leituras recomendo vivamente, a experiência coletiva da pandemia criou um momento único na história para repensarmos o que queremos do trabalho e das nossas carreiras.
É de facto uma oportunidade extraordinária para redesenhar o trabalho e para o fazer em conjunto com os/as colaboradores/as. É ter coragem para perguntar a quem melhor conhece o contexto real de trabalho o que faria para uma gestão mais sustentada do seu ciclo de vida na empresa. É também ter coragem para, por vezes, dizer que a proposta apresentada não é uma prioridade.
É o momento para a empresa ser clara em relação àquilo que pode e não pode implementar, face aos seus recursos, prioridades, objetivos de negócio e estratégia. É também uma oportunidade para a empresa criar ambientes seguros para que os/as colaboradores/as possam expressar o que é importante para si sem temer repercussões, assim como considerar momentos de devolução dos contributos recolhidos e identificar um plano de ação subsequente.
É co-construir a experiência do/a colaborador/a ao longo do seu ciclo de vida na empresa, do recrutamento à reforma. É ouvir, envolver, desenhar e redesenhar a experiência, prototipar em contexto real. É fazê-lo com robustez técnica, capitalizando o que a investigação nos diz sobre a temática.
É assumir que equidade é diferente de igualdade e que a justiça interna numa empresa/instituição é construída pela possibilidade dos/as colaboradores/as escolherem a melhor experiência para si, num cenário em que diferentes funções têm acesso a diferentes soluções.
A tão desejada retenção, assumindo que estamos a falar de permanecer na empresa/instituição pelos motivos certos, é consequência da escolha de quem se sente considerado enquanto colaborador/a, enquanto pessoa.
Artigo de Maria Antónia Cadilhe, Diretora do Open Executive Programme Employee Experience