Na Porto Business School temos procurado perceber como é possível ir para além da noção linear de “input-output-lucro” e perceber como podemos encontrar novos caminhos mais sustentáveis, mais inclusivos, mais duradouros, mas também lucrativos.
Este é o grande desafio da nossa geração: atrevermo-nos a colocar a Inovação e a Transformação Digital ao serviço de um desenvolvimento social, económico e ambiental mais inteligente.
Não há, seguramente, respostas milagrosas. Mas haverá, com certeza, soluções criativas e inovadoras; que lancem mão das possibilidades criadas pela tecnologia e pelo digital, que criem maior igualdade e justiça social, melhores formas de produzirmos energia, novos modelos de negócio para nos movermos no mundo global, melhores alternativas para alimentarmos a crescente população mundial e, simultaneamente, permitam uma rápida descarbonização e uma eficaz proteção e regeneração dos ecossistemas.
A forma como gerimos empresas e a forma como os empresários medem o sucesso vão ter de ser profundamente alteradas.
Isso pressupõe mudanças substanciais não apenas ao nível da transformação digital, de gestão das cadeias de valor, da inovação produtiva ou dos canais de distribuição e comunicação. É toda uma mudança estrutural na própria linguagem dos negócios: a geração de valor sustentável para os sócios e acionistas tem de ser acompanhada da geração de valor sustentável para todos os outros stakeholders da organização – incluindo a sociedade e o planeta. E só a inovação, num esforço estruturado e integrado ao nível da organização, nos permitirá chegar aí.
Por isso a Porto Business School decidiu avançar com o “Sustainable Act”, um programa estruturado e integrado de apoio às PME portuguesas, focado na capacitação dos seus dirigentes e trabalhadores para lidar com os novos desafios da sustentabilidade e para integrar, nos seus modelos de produção, de gestão e de negócio, os princípios estabelecidos pelos objetivos de desenvolvimento sustentável.
O apoio do COMPETE 2020 tem um carácter estruturante e demonstra um alinhamento muito assertivo com os mais recentes objetivos traçados pela Comissão Europeia para a recuperação económica pós-pandemia, que assentam em dois pilares: o “verde” e o “digital”.
O “Sustainable Act” trabalhará na intersecção de ambos, contribuindo, assim, para os grandes objetivos da União Europeia e de Portugal”